Onze prefeitos dos municípios que formam o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Região Leste Fluminense (Conleste) participaram de reunião, na manhã de ontem, no Museu Solar do Jambeiro, no Ingá, em Niterói. Convocada pelo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, o encontro teve o intuito de ouvir a situação das cidades, que juntas têm mais de 3 milhões de habitantes, frente à crise financeira do país e a crise fiscal do estado do Rio.
Também foram discutidos temas como a importância da retomada dos investimentos na indústria naval, no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) pela Petrobras e sobre o repasse dos royalties para os municípios. Esses assuntos serão levados para uma reunião, no dia 14 de fevereiro, com o presidente da Petrobras, Pedro Parente. Foi unânime entre os prefeitos que a chave para superar as dificuldades financeiras será a união entre as cidades.
Rodrigo Neves destacou que o anúncio recente da Petrobras pela retomada dos investimentos do Comperj trouxe esperança para as cidades. “Temos a confiança de que essa medida contribuirá para retomar o desenvolvimento regional. Em meio a tantas dificuldades e desafios de nossas cidades, é importante transmitirmos à sociedade civil e à iniciativa privada, nosso compromisso e convicção de um futuro melhor para todos. Isso só será possível com a participação de todos, pelo trabalho dedicado dos gestores e pela união de todos os municípios do Leste Fluminense”, afirmou o prefeito de Niterói.
Para o prefeito de Maricá, Fabiano Horta, o Conleste nasceu de um contexto econômico e os municípios que fazem parte do consórcio têm que aproveitar o momento para discutir o desenvolvimento para a região. “A nossa região sinalizou um grande desenvolvimento. Pagamos um preço imenso de coisas que não se concretizaram. O Conleste pode ser, para nós, um instrumento prático, objetivo e concreto de transcender as nossas realidades menores para construirmos juntos cenários que nos tornam iguais”, avaliou o prefeito. “Esse cenário do Conleste não nasce da continuidade física dos municípios, mas sim de um contexto econômico, de uma dinâmica produtiva em torno de nós. Existem cidades que estão melhores e outras em situação dramática. Vamos olhar para o nosso vizinho e construir com ele, caminhos de desenvolvimento para nossa região porque, em última instância, todos os problemas nos afetam por igual. Vamos aproveitar para ter encontro de trabalho propositivo, com pautas discutidas com antecedência e construindo avanços coletivos”, completou Fabiano Horta.
Fonte: Jornal O São Gonçalo (http://www.osaogoncalo.com.br)