Com o quadro mundial do novo coronavírus, várias nações têm tomado medidas extremas para diminuir a curva de contaminação da doença. No Brasil, o quadro não é diferente. A maioria dos estados brasileiros adotou o modelo de trabalho home office – no qual os funcionários trabalham de suas casas – até que tudo esteja normalizado.

O objetivo é diminuir a circulação de pessoas nas ruas, mantendo apenas o fluxo dos serviços essenciais. Dentro disso, estão os supermercados, farmácias, hospitais, a limpeza urbana e o transporte público – com atuação e quantidade de passageiros reduzidas.

Nas cidades do Conleste, medidas similares foram tomadas nos últimos dias. As empresas do COMPERJ (Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro), no entanto, obedecerão a uma medida específica, com interrupção parcial das atividades.

Trabalhadores nas obras do COMPERJ.

Nesta segunda-feira (23/03), a Secretaria de Saúde de Itaboraí, junto à Subsecretaria de Vigilância Sanitária, em ação conjunta ao Conleste, realizou uma inspeção em todas as dependências do COMPERJ.

No documento, a Secretaria Municipal de Saúde exigiu as seguintes medidas ao COMPERJ:

(…) em virtude do cenário epidemiológico atual, solicitamos a INTERRUPÇÃO de 70 (setenta) %  das atividades no Complexo Petroquímico devido ao alto risco de contágio do COVID-19 entre os colaboradores e toda a comunidade, nesse momento. Com a mudança de cenário nos próximos dias, poderá haver necessidade de interrupção total.”

Segundo o Secretário de Saúde de Itaboraí, Júlio César Ambrosio, o objetivo da medida é conter o avanço desordenado do COVID-19. Principalmente, por possuírem trabalhadores de muitos lugares que residem em Itaboraí de segunda a sexta-feira. “Nossa preocupação é garantir a saúde dos trabalhadores e de seus entes queridos”, afirmou o secretário.

Ainda de acordo com o secretário, as empresas do COMPERJ terão um prazo de 48 horas, a partir de hoje (23), para comunicarem aos seus funcionários e começarem a atuar de acordo com as medidas municipais solicitadas.